SINTO SUA FALTA Sinto sua falta e não há o que se fazer. Sinto sua falta e isso não é mistério... Por que este coração ferido não consegue se desamarrar? Sua imagem está gravada Meu sonho levantou vôo... Num “écrin”* de sol, minha vida ou a chuva é tudo igual! Sinto sua falta, ainda acredito nisso Sinto sua falta, o amor é forte Como eu poderia aceitar Que o céu um dia fosse desmoronar? Sinto sua falta, mas isso passará Sinto sua falta, e estou dilacerada. Só encontrei estas palavras Para lhe dizer "amo voce" cem vezes. Todos esse dias aumentaram este restinho de amor, Aquele que eu havia construído por você, dia após dia Eu queria ter lhe dito as palavras que não são ditas, Aprender à escrevê-las, Cantá-las baixinho para voce... Sinto sua falta tarde da noite Sinto sua falta e tenho esperança Eu sei que alguém la no alto nos conduziu esta noite E nos deixou o tempo... O tempo de um sentimento... Mesmo que a vida, frequentemente, faça meu coração bater contra-tempo. Sinto sua falta, você entendeu? Sinto sua falta e sinto frio a noite Em Montreal ou Paris, onde está você, muito longe daqui? Sinto sua falta, eu já lhe disse Sinto sua falta e espero aos gritos. Encontrei apenas estas palavras pra lhe dizer "amo voce" cem vezes. Sinto sua falta... Sinto sua falta... | I MISS YOU I miss you and there’s nothing to be done I miss you and this is not a mistery... Why does this broken heart don’t untie ? Your image is recorded My dream took off In a sun "écrin"* My life or the rain It’s all the samedi I miss you, I still believe in it I miss you, love is strong How could I accept That the sky would fall? I miss you, but this shall pass I miss you, and I’m in pieces I only found these words To tell you «I love you» a hundred times All these days increaed This left-over of love Which I had built For you, day by day I wish I had said the words Which are not said To learn how to write them Sing them whispering to you... I miss you late at night I miss you, and I have hope I know that someone up there Conducted us tonight And left us the time... The time of a feeling,,, Even if life, frequently, Makes my heart to beat against time I miss you, do you get it ? I miss you and feel cold at night In Montreal or Pairs Where are you? far away from here? I miss you, I’ve already told you that I miss you and wait yelling I only found these words To tell you « I love you » a hundred times I miss you... I miss you... |
jeudi 28 mai 2009
Lara Fabian - Tu me manques
mercredi 9 avril 2008
Brian Adams - Have You Ever Really Loved A Woman?
Você realmente já amou uma mulher? Para realmente amar uma mulher, para compreendê-la, Você precisa conhecê-la profundamente por dentro, Ouvir cada pensamento ver cada sonho E dar-lhe asas quando ela quiser voar. Então, quando você se achar repousando Desamparado nos braços dela, Você saberá que realmente ama uma mulher... Quando você ama uma mulher, Você lhe diz que ela realmente é desejada. Quando você ama uma mulher, Você lhe diz que ela é a única Pois ela precisa de alguém para dizer-lhe Que vai durar para sempre. Então diga-me: você realmente, Realmente, realmente já amou uma mulher? Para realmente amar uma mulher, Deixe-a segurar você, Até que você saiba como ela precisa ser tocada. Você precisa respirá-la Realmente saborea-la Até poder sentí-la em seu sangue. E quando você puder ver Suas crianças que ainda não nasceram dentro dos olhos dela, Você saberá que realmente ama uma mulher Você precisa dar-lhe um pouco de confiança Segurá-la bem apertado, Um pouco de ternura precisa tratá-la bem. Ela estará perto de você, cuidando bem de você, Você realmente precisa amar sua mulher... Então, quando você se achar repousando Desamparado nos braços dela, Você saberá que realmente ama uma mulher... Então diga-me: você realmente, Realmente, realmente já amou uma mulher? | Avez-Vous Déjà Vraiment Aimé Une Femme? Pour aimer vraiment une femme Pour la comprendre Vous devez connaître son fort intérieur Entendre chaque pensée Voir chaque rêve Et lui donner des ailes quand elle veut voler Alors quand vous vous trouvez étendu Impuissant dans ses bras Vous savez que vous aimez vraiment une femme Quand vous aimez une femme Vous lui dites qu'elle est vraiment désirée Quand vous aimez une femme Vous lui dites qu'elle est unique Car elle a besoin de quelqu'un pour lui dire Que cela durera à jamais Alors dites-moi avez-vous déjà vraiment Vraiment vraiment aimé une femme? Pour aimer vraiment une femme Laissez-la vous serrer Jusqu'à savoir combien elle a besoin d'être touchée Vous devez la sentir respirer Vraiment la goûter Jusqu'à la sentir dans votre sang Et quand vous pouvez voir Votre futur enfant dans ses yeux Vous savez que vous aimez vraiment une femme Vous devez lui donner de la confiance La serrer fort Un peu de tendresse Lui fera du bien Elle sera là pour vous, prenant bien soin de vous Vous devez vraiment aimer votre femme ouais... Et quand vous vous trouvez étendu Impuissant dans ses bras Vous savez que vous aimez vraiment une femme... alors dites-moi avez-vous déjà vraiment vraiment vraOuais iment aimé une femme? |
U2 - With Or Without You
Com Ou Sem Você Veja o gelo nos seus olhos Veja o espinho encravado em seu corpo Eu espero por você Truque de mãos e golpe de sorte Em uma cama de pregos ela me faz esperar E eu espero sem você Com ou sem você Com ou sem você Apesar da tempestade chegamos à costa Você entrega tudo mas eu quero mais E eu espero por você Com ou sem você Eu posso viver Com ou sem você E você se entrega E você se entrega E você entrega Minhas mãos estão amarradas Meu corpo machucado Ela me tem com nada a ganhar e Sem nada a perder E você se entrega E você se entrega E você entrega Com ou sem você Com ou sem você Eu posso viver Com ou sem você | Avec Ou Sans Toi Vois la pierre sertie de tes yeux Vois l'épine tourner dans ton flanc Et j'attends Tour de passe-passe et coup du sort Elle me fait attendre sur un lit de clous Et j'attends...sans toi Avec ou sans toi Avec ou sans toi A travers la tempete nous atteignons le rivage Tu donnes tout mais tu veux davantage Et j'attends... sans toi Avec ou sans toi Avec ou sans toi Je ne peux pas vivre...avec ou sans toi Et tu te trahis Et tu te trahis Et tu te trahis Mes mains sont liées Mon corps couvert de bleus Tu m'as trouvé sans rien à gagner Et plus rien a perdre Et tu te trahis Et tu te trahis Et tu te trahis Avec ou sans toi Avec ou sans toi Je ne peux pas vivre... avec ou sans toi |
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U2 - With Or Without You
Ben E. King - Stand By Me
Fique comigo Quando a noite vem chegando E a terra estiver escura, E a lua for a única luz que veremos, Não, eu não terei medo Não, eu não terei medo Desde que você fique Fique comigo Então querida, querida, Fique comigo Oh, fique comigo, Fique comigo, Fique comigo... Se o céu Que vemos lá em cima Desabar e cair Ou as montanhas desmoronarem no mar Eu não chorarei, Eu não chorarei Não, eu não derramarei uma lágrima, Desde que você fique Fique comigo Quando você estiver com problemas, você não contará comigo? Oh, conte comigo Oh fique comigo Oh fique Fique comigo | Reste Contre Moi Quand la nuit arrive Et que le sol est sombre Et que la lune est la seule lumière que nous voyons Non, je n'aurai pas peur Oh, je n'aurai pas peur Tant que tu restes Tu restes contre moi Alors chérie, chérie Reste contre moi Oh, reste contre moi Reste contre moi, Reste contre moi Si le ciel Que nous regardons d'en bas Pouvait dégringoler et tomber Ou si les montagnes pouvaient s'écrouler dans la mer Je ne pleurerai pas, Je ne pleurerai pas Non, je ne verserai pas une larme Tant que tu restes Tu restes contre moi A chaque fois que tu es malheureuse Pourquoi ne resterai-tu pas contre moi? Oh reste contre moi Oh, reste contre moi Oh, reste Reste contre moi |
mardi 8 avril 2008
Vanessa Paradis - La Lune Brille Pour Toi
The Moon Shines for You Close your eyes And let the stars Hook themselves to your fingers Like butterflies, my love The night is beautiful (pretty) Come close to me Open your wings The moon is like an angel Watching over you If you're afraid to learn how to fly The beats of my heart Say I'm near I've asked a perfect sky So that you can finally dream Close your eyes The night will be your friend Feel how the wind Caresses your face Wager that time Is only a mirage The night is beautiful (pretty) Come close to me We only see her The moon, my love Shines for you Close your eyes And let the stars Shine of all their fire* Like huge suns, my love The night is beautiful (pretty) Come close to me Open wide your wings It's you, my love Who shines for me It's you my love Who shine for me | A Lua Brilha por você Feche seus olhos E deixe as estrelas Se enganchem em seus dedos. Como borboletas, meu amor A noite está linda Venha para perto de mim Abra suas asas A lua é como um anjo Zelando por você Se você tem medo de aprender como voar As batidas de meu coração Dizem que estou perto Eu pedi um céu perfeito Para que você possa finalmente sonhar Feche seus olhos A noite será sua amiga Sinta como o vento Acaricia sua face Aposte que tempo É só uma miragem A noite está linda Venha para perto de mim Apenas nós vemos A lua, meu amor, Brilhar para você Feche seus olhos E deixe as estrelas Brilhar com toda intensidade Como sóis enormes, meu amor A noite está linda Venha para perto de mim Abra totalmente suas asas É você, meu amor, Que brilha para mim É você meu amor Que brilha para mim |
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Vanessa Paradis
samedi 22 décembre 2007
A procura de uma dignidade - A la recherche d’une dignité
A Sra. Jorge B. Xavier simplesmente não saberia dizer como entrara. Por algum portão principal não fora. Pareceu-lhe vagamente sonhadora ter entrado por uma espécie de estreita abertura em meio a escombros de construção em obras, como se tivesse entrado de esguelha por um buraco feito só para ela. O fato é que quando viu estava dentro. E quando viu, percebeu que estava muito, muito dentro. Andava interminavelmente pelos subterrâneos do Estádio do Maracanã ou pelo menos pareceram-lhe cavernas estreitas que davam para salas fechadas e quando se abriam as salas só havia uma janela dando para o estádio. Este, àquela hora torradamente deserto, reverberava ao extremo sol de um calor inusitado que estava acontecendo naquele dia de pleno inverno. Então a senhora seguiu por um corredor sombrio. Este a levou igualmente a outro mais sombrio. Pareceu-lhe que o teto dos subterrâneos eram baixos. E aí este corredor a levou a outro que a levou por sua vez a outro. Dobrou o corredor deserto. E aí caiu em outra esquina. Que a levou a outro corredor que desembocou em outra esquina. Então continuou automaticamente a entrar pelos corredores que sempre davam para outros corredores. Onde seria a sala da aula inaugural? Pois junto desta encontraria as pessoas com quem marcara encontro. A conferência era capaz de já ter começado. Ia perdê-la, ela que se forçava a não perder nada de cultural porque assim se mantinha jovem por dentro, já que até por fora ninguém adivinhava que tinha quase 70 anos, todos lhe davam uns 57. Mas agora, perdida nos meandros internos e escuros do Maracanã, a senhora já arrastava pés pesados de velha. Foi então que subitamente encontrou num corredor um homem surgido do nada e perguntou-lhe pela conferência que o senhor disse ignorar. Mas esse homem pediu informações a um segundo homem que também surgira repentinamente ao dobramento do corredor. Então este segundo homem informou que havia visto perto da arquibancada da direita, em pleno estádio aberto, “duas damas e um cavalheiro, uma de vermelho”. A Sra. Xavier tinha dúvida de que essas pessoas fossem o grupo com quem devia se encontrar antes da conferência, e na verdade já perdera de vista o motivo pelo qual caminhava sem nunca mais parar. De qualquer modo seguiu o homem para o estádio, onde parou ofuscada no espaço oco de luz escancarada e mudez aberta, o estádio nu desventrado, sem bola nem futebol. Sobretudo sem multidão. Havia uma multidão que existia pelo vazio de sua ausência absoluta. As duas damas e o cavalheiro já haviam sumido por algum corredor? Então o homem disse com desafio exagerado: — Pois vou procurar para a senhora e vou encontrar de qualquer jeito essa gente, eles não podem ter sumido no ar. E de fato de muito longe ambos os viram. Mas um segundo depois tornaram a desaparecer. Parecia um jogo infantil onde gargalhadas amordaçadas riam da Sra. Jorge B. Xavier. Então entrou com o homem por outros corredores. Aí este homem também sumiu numa esquina. A senhora já desistira da conferência que no fundo pouco lhe importava. Contanto que saísse daquele emaranhado de caminhos sem fim. Não haveria porta de saída? Então sentiu como se estivesse dentro de um elevador enguiçado entre um andar e outro. Não haveria porta de saída? Então eis que subitamente lembrou-se das palavras de informação da amiga pelo telefone: “fica mais ou menos perto do Estádio do Maracanã.” Diante dessa lembrança entendeu o seu engano de pessoa avoada e distraída que só ouvia as coisas pela metade, a outra ficando submersa. A Sra. Xavier era muito desatenta. Então, pois, não era no Maracanã o encontro, era apenas perto dali. No entanto o seu pequeno destino quisera-a perdida no labirinto. Sim, então a luta recomeçou pior ainda: queria por força sair de lá e não sabia como nem por onde. E de novo apareceu no corredor aquele homem que procurava as pessoas e que de novo lhe garantiu que as acharia porque não podiam ter sumido no ar. Ele disse assim mesmo: — As pessoas não podem ter sumido no ar! A senhora informou: — Não precisa mais se incomodar de procurar, sim? Muito obrigada, sim? Porque o lugar onde preciso encontrar as pessoas não é no Maracanã. O homem parou imediatamente de andar para olhá-la perplexo: — Então que é que a senhora está fazendo aqui? Ela quis explicar que sua vida era assim mesmo, mas nem sequer sabia o que queria dizer com o “assim mesmo” nem com “sua vida”, nada respondeu. O homem insistiu na pergunta, entre desconfiado e cauteloso: que é que ela está fazendo ali? Nada respondeu apenas em pensamento a senhora, já então prestes a cair de cansaço. Mas não lhe respondeu, deixou-o pensar que era louca. Além do mais ela nunca se explicava. Sabia que o homem a julgava louca – e quem dissera que não? pois não sentia aquela coisa que ela chamava de “aquilo” por vergonha? Se bem que soubesse ter a chamada saúde mental tão boa que só podia se comparar com sua saúde física. Saúde física já agora arrebentada pois rastejava os pés de muitos anos de caminho pelo labirinto. Sua via crucis. Estava vestida de lã muito grossa e sufocava suada ao inesperado calor de um auge de verão, esse dia de verão que era um aleijão do inverno. As pernas lhe doíam doíam ao peso da velha cruz. Já se resignara de algum modo a nunca mais sair do Maracanã e a morrer ali de coração exangue. (...) _____________________ Fonte: LISPECTOR, Clarice. Onde estivestes de noite. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1980, p. 7-11 | Mme Jorge B. Xavier aurait été bien incapable de dire comment elle était entrée. Certainement pas par le portail principal. Il lui semblait être passée comme en un rêve par une sorte d’ouverture exiguë parmi les gravats d’un chantier de construction, s’être comme faufilée de biais dans un trou creusé exprès pour elle. Le fait est qu’elle ne reprit ses esprits qu’une fois à l’intérieur. Et quand elle eut repris ses esprits elle constata qu’elle se trouvait e effet très à l’intérieur. Elle avançait dans les interminables souterrains du stade de maracanã qui lui firent l’effet de cavernes étroites, débouchant sur des salles aveugles ou munies d’une unique fenêtre donant sur le stade. Celui-ci, torride et déset à cette heure, réverbérait sous un soleil intense une chaleur inhabituelle pour un jour de plein hiver. La dame s’engagea alors dans un corridor sombre qui la conduisit vers un autre, plus sombre encore. Il lui sembla que ces galeries souterraines étaient bien basses de plafond. Le nouveau corridor la mena à un autre et celui-ci à un autre. Le corridor vide marqua un coude. Ce coude franchi, la dame tomba sur un autre tournant. Qui la mena vers un autre corridor qui présentait un nouveau coude. Comme une automate la dame s’engageait docilement dans des corridors qui menaient inexorablement à d’autres corridors. Où se trouvait donc la salle où devait avoir lieu le cours inaugural ? C’était devant cette salle qu’elle devait retrouver les personnesavec qui elle avait rendez-vous. La conférence avait peut-être déjàcommencé. Elle allait la rater, elle qui se faisait un devoir de ne manquer aucun évément culturel, ainsi se maintenant-elle jeune, de l’intérieur, puisque à la voir, personne ne devinait qu’ele avait presque soixante-dix ans, on lui en donnait plutôt dans les cinquante-sept. Mais maintenant qu’elle était égarée dans les méandres souterrains et obscurs du Maracanã, la dame traînait des pieds de plomb, des pieds de vieille. Alors soudain, elle rencontra dans un corridor un homme surgi du néant qu’elle questionna sur la conférence. L’homme répondit qu’il n’était pas au courant mais il se renseigna auprès d’un deuxième homme, surgi subitement, lui aussi, au détour du corridor. Ce deuxième individu déclara qu’il avait aperçu, au pied des gradins de droite, en plein stade, à ciel ouvert, «deux dames et un monsieur, une des dames étant vêtue de rouge». Mme Xavier se demandait s’il s’agissait bien des personnes qu’elle était censée rencontrer avant la conférence et, à vrai dire, elle ne savait plus trop pourquoi elle avait tant déambulé. Elle suivit pourtant l’homme jusqu’à la piste où elle s’arrêta net, éblouie par cet espace vide dans lequel déferlait la lumière muette, stade mis à nu, éventré, sans ballon ni match de football. Et surtout sans foule. La foule pourtant était présente, convoquée par le vide, surgie de cette absence absolue. Où étaient donc les deux dames et le monsieur? Avaient-ils disparu dans quelque corridor? Sur un ton de défi outrancier l’homme dit alors : — Oh, mais je vais aller à la recherche de ces gens et je finirai bien par vous les dénicher, ils ne peuvent pas s’être évanouis dans les airs. Et de fait tous deux les aperçurent dans le lointain. Une seconde plus tard le groupe avait de nouveau disparu, on eût dit un cache-cache enfantin, un fou rire muselé émanait d’ailleurs de Mme Jorge B. Xavier. Laquelle s’engagea avec l’homme dans d’autres corridors. Et soudain, il s’évapora lui aussi à un détour du corridor. La dame avait définitivement renoncé à la conférence dont, au fond, elle se moquait pas mal. Tout ce qu’elle souhaitait maintenant c’était sortir de cet enchevêtrement de couloirs sans fin. N’y avait-il pas, quelque part, une porte de sortie ? Elle se sentit comme à l’intérieur d’un ascenseur arrêté entre deux étages. N’y avait-il pas de porte de sortie? Alors, soudain, elle se souvint d’un renseignement donné par son amie au téléphone : «Cet endroit n’est pas très loin du stade de Maracanã». Elle comprit aussitôt sa méprise, propre à une personne étourdie et distraite qui n’entendait les choses qu’à moitié, le reste tombant dans le vide. Mme Xavier était extrêmement inattentive. Il lui apparaissait maintenant que le rendez-vous n’était pas au stade même, mais dans son voisinage. Or son destin chétif avait voulu qu’elle s’égarãt dans le labyrinthe. Sa lutte n’en reprit qu’avec plus d’acharnement : la dame voulait coûte que coûte sortir de là mais, comment, par où, elle ne le savait pas. Réapparut dans le corridor l’homme parti à la recherche du groupe, qui, de nouveau, lui jura qu’il retrouverait ces gens parce qu’ils ne pouvaient pas s’être évanouis dans les airs. Ce furent ses paroles exactes : — Ces gens ne peuvent pas s’être évanouis dans les airs! Mais la dame déclara : — Il est inutile que vous fatiguiez à les chercher plus longtemps. Je vous remercie beaucoup. Voyez-vous, l’endroit où je dois rencontrer ces gens n’est pas le Maracanã. L’homme s’arrêta net et la regarda, perplexe : — Mais alors, que faites-vous ici? La dame voulut expliquer que sa vie était toujours comme cela, mais elle ne savait pas ce qu’elle entendait par «toujours comme cela» ou par «sa vie», et elle ne répondit pas. Pris entre le soupçon et la discrétion l’homme insista sur sa question : que faisait-elle là ? Rien, rétorqua in petto la dame, prête maintenant à s’écrouler de fatigue. Mais elle ne lui répondit rien, le laissant penser qu’elle était folle. D’ailleurs elle ne donnait jamais d’explications. Elle se rendait compte que l’homme le prenait pour une cinglée – et qui pourrait affirmer qu’elle n’en était pas une ? N’était-elle pas la proie de cette chose que, pudiquement, elle appelait «cela» ? Elle se savait pourtant en possession d’une santé mentale aussi solide que sa santé physique. Santé physique à présent bien compromise, la dame ne pouvait presque plus soulever ses pieds épuisés d’avoir cheminé de si longues années dans le labyrinthe. Elle avait eu son chemin de croix. Vêtue d’une robe de laine très épaisse, elle suffoquait et transpirait dans la chaleur inattendue de cet apogée d’un été, de cette journée estivale qui était en fait une difformité de l’hiver. D’avoir tant porté sa vieille croix, ses jambes lui faisaient mal. Elle s’était en quelque sorte résignée à ne plus jamais sortir du Maracanã, et à mourir là, d’un cœur exsangue. (...) _______________________ Fonte: LISPECTOR, Clarice. Où étais-tu pendant la nuit ? Traduit du brésilien par Geneviève Leibrich et Nicole Biros. Paris, Des Femmes, 1985, p. 9-13. |
mardi 6 novembre 2007
NEW ORDER - Bizarre Love Triangle
Chaque fois que je pense à toi, Je me sens complètement anéantie par un coup de blues Ce n'est pas mon problème mais c'est un problème que je trouve, En vivant une vie que je ne peux pas laisser derrière. Ca n'a aucun sens de me dire: “Que la sagesse d'un imbécile ne va pas te libérer. Mais, c'est comme ça que ça marche, Chaque fois que Je te vois en train de tomber, Je m'agenouille et je prie. J'attends ce moment final, Où tu diras les mots que je ne peux pas dire. Je me sens bien, je vais bien Je me sens comme je ne devrais jamais. Toutes les fois que je prends ce chemin je ne sais pas quoi dire Pourquoi ne pouvons-nous pas être nous-mêmes comme nous l'étions hier? Je ne suis pas sûre de ce que cela peut signifier. Je ne crois pas que tu sois ce que tu sembles être. Je me suis fait comprendre à moi-même, Que si je blessais quelqu'un d'autre, Alors nous ne verrons jamais ce que nous sommes censés être. | Toda vez que penso em você Eu sinto passar por mim um raio de tristeza Não é um problema meu, mas é um problema que encontrei Vivendo uma vida que não consigo deixar para trás Não faz sentido dizer-me: "A sabedoria de um tolo não lhe tornará livre" Mas é assim que as coisas são E o que ninguém sabe É que fico mais confusa a cada dia Toda vez que vejo você caindo Eu fico de joelhos e rezo Estou esperando pelo momento final Que você dirá as palavras que não posso dizer Estou bem, eu me sinto bem Sinto-me como nunca deveria me sentir Sempre que fico assim, Apenas não sei o que dizer Porque não podemos ser nós mesmos como fomos ontem? Não tenho certeza do isso pode significar Não acho que você é o que parece E admito para mim mesmo Que se eu machucar outra pessoa Então nunca verei apenas o que éramos pra ser. |
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